“É importante fortalecer as redes e associações de cientistas de diversas áreas da América Latina que possam ajudar colegas deslocados ou ameaçados”

(março de 2022)

Com foco na Argentina, a Dra. Braslavsky nos conta nesta entrevista como o exílio de pesquisadores devido a golpes, ameaças e ataques em contextos de repressão estatal não é um fenômeno novo na região. Tendo ela própria que emigrar neste tipo de circunstâncias na década de 1960, a Dra. Braslavsky relata como a perseguição e violência contra a comunidade científica e acadêmica na Argentina tem ocorrido historicamente de forma cíclica e com graves consequências tanto em nível pessoal quanto para o desenvolvimento científico e social do país.
Silvia E. Braslavsky é argentina, formada e doutora em Química pela Universidade de Buenos Aires. Emigrou para o Chile em 1966, em 1969-72 fez pós-doutorado nos EUA. Em 1972 foi professora na Universidade de Rio Cuarto na Argentina. Em 1975 emigrou para os Estados Unidos e Canadá. De 1976 até sua aposentadoria em 2007, chefiou um grupo de pesquisa sobre fotorreceptores biológicos no Instituto Max Planck de Química da Radiação em Mülheim, na região do Ruhr, na Alemanha.